Há oito anos, o Brasil era medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos

O ano era 2007. Um momento diferente para o esporte brasileiro. A competição, até então inédita para o futsal brasileiro, era o Pan-Americano. Disputado na ‘Cidade Maravilhosa’ há exatos oito anos, o Pan do Rio garantiu à nossa seleção o lugar mais alto do pódio.

 Nas primeiras rodadas, o torcedor não era tão íntimo do futsal, mas com passar dos jogos, a arena instalada no Rio Centro, próxima a Jacarepaguá (zona oeste), se transformou em um verdadeiro ‘caldeirão’. Principalmente nas partidas decisivas.

DSC05902Comandada pelo técnico PC de Oliveira, a seleção brasileira tinha um plantel de fazer ‘inveja’: Tiago, Rogério, Neto, Ciço, Gabriel, Simi, Lenísio, Valdin, Vinícius, Marquinho, Betão  e Falcão.

O Brasil estreou na competição em 23/7, com vitória por  4 x 1 sobre os guatemaltecas, com gols de Ciço, Valdin, Marquinho e Betão. Já na segunda rodada, mais três pontos. Desta vez contra Cuba, o placar foi mais ‘elástico’: 8 x 0. Os gols foram marcados por Falcão (3), Vinícius, Gabriel, Neto, Marquinho e Leandro Simi.

A terceira vitória veio sobre um antigo adversário: o Paraguai, na época, comandado por Fernando Ferretti. Diante um time muito bem postado, o Brasil encontrou dificuldades, mas somou três pontos após vencer por 2 x 0, com gols de Marquinho e Gabriel.

Na sequência, o time brasileiro fez uma das semifinais contra Costa Rica. Com destaque para Vinícius, autor de quatro tentos, os comandados de PC aplicaram 8 x 1. Os outros gols foram anotados por Ciço, Betão, Falcão e Simi. Mendéz descontou para os costarriquenhos.

Na grande final, um jogo duro, diante a rival, Argentina. Mas empurrado pela torcida, o Brasil abriu a contagem logo no primeiro minuto por meio de Falcão. Instantes depois, mais uma vez o camisa 12, agora de cabeça, fez 2 x 0. No período complementar, Vinícius ampliou. Aos 34 minutos, Martín Amas descontou, mas aos 39 Marquinho, na raça, deu números finais à partida, garantindo assim, o ouro inédito.

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Os craques falam sobre a conquista:

Valdin:

“Sem dúvida um dos momentos mais marcantes dentro do esporte foi esse até por que foi aqui no Brasil e por ser o último a ser disputado. Quando saiu a convocação eu estava me recuperando de lesão e não acreditava que isso estava acontecendo. E mais feliz ainda em poder ter conquistado essa medalha e ficar na história do futsal como os primeiros ou os únicos a ganhar esse ouro.”

Tiago:

“O mais bacana foi, além de ser o único Pan que teve o futsal, estar na Vila Olímpica com todos os outros atletas, de países e modalidades diferentes. Desfrutei da melhor maneira possível todos os momentos. A alegria se completou com o Ouro e a participação na cerimônia de encerramento dos Jogos. Simplesmente indescritível.”

 Vinicius: 

“Foi muito especial e marcante pra mim por vários motivos: O fato de ser uma oportunidade única, pois o futsal não está incluso no quadro de esporte do Pan americano; convivemos com atletas de outras modalidades na Vila do Pan; um fato curioso é que me casei um dia antes da nossa apresentação para os treinamentos do Pan e fiquei um mês sem poder sair de Lua de Mel e sem poder estar com minha esposa. Mas tudo valeu a pena, não só pelo título, mas pela convivência que tivemos.”

 Neto:

“Essa competição foi especial pois era a primeira vez que o futsal fazia parte dos Jogos e também por ser no Brasil. O clima da Vila Olímpica é diferente de tudo, ali sim todas as equipes disputam em igualdade todos os quesitos. Foi criando um clima no ginásio e isso tornou uma conquista especial. Foi uma competição diferente de várias que disputamos com a seleção e [e uma pena não fazer mais parte do cronograma dos Pan Americanos e Olimpíadas”.

 Betão: 

“Foi um momento único em que me senti muito honrado em vestir a camisa do Brasil em um torneio desse porte. O que mais me marcou mesmo foi ganhar a medalha de ouro, numa competição como essa e dentro do próprio país.”

Rogério:

“Momento único para o futsal brasileiro”.

Leandro Simi:

“Foi uma experiência única, tanto para mim quanto para o futsal, já que foi a única vez que a modalidade esteve nos Jogos Pan-Americanos. Foi algo totalmente diferente do que estamos acostumados, como a convivência da Vila Olímpica. É sempre especial vestir a camisa da Seleção Brasileira, ainda mais em um evento desses.”

*Colaborou Tamiris Dinamarco.

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Comissão Técnica:

Reinaldo Simões: Supervisor

PC de Oliveira: Treinador

Marcos Sorato: Aux. Técnico

João Carlos Romano: Preparador Físico

Guaíba: Preparador de Goleiros

Aloir Oliveira: Médico

Melissa Voltarelli – Psicóloga

Maurício Leandro: Mordormo

Foto principal: Divulgação/CBFS

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