Atletas dão o último adeus ao amigo Azeitona

Índio, fixo do Santos FC (Foto: Gilberto Santos)
Tristeza e lágrimas marcaram a despedida do ex-supervisor Azeitona. Dezenas de profissionais ligados ao futsal, além de familiares deram adeus ao amigo durante a manhã e início de tarde desta segunda-feira (7), O sepultamento ocorreu no cemitério Jardim Santo André, em Santo André (ABC).

Dentre os principais nomes do cenário salonista, o ala Falcão, do Santos FC, era o mais emocionado. O craque lembrou, em seu depoimento, os bons momentos que passou ao lado do amigo:

“Antes de falar dele como personagem do futsal, falo de um amigo que virou na vida de todo mundo. Só ele é capaz de reunir aqui gerações e mais gerações. Ele não era apenas um colega de trabalho, era um irmão para todo mundo. Ele deixou seu momento pra cada um e fez parte da vida do esporte. Então é um cara que vai deixar muita saudade. Não só no ginásio, o todo mundo o conhece como aquela “figuraça”, mas dentro das casas de cada um de nós, nas festas, que ele sempre frequentava.

Sempre quando alguém iria fazer alguma coisa, o primeiro nome da lista era o dele. Participou da minha vida, me lançou no Corinthians e realmente ele está em um lugar especial lá em cima, e merece um bom lugar, porque nunca fez nada em troca, agora vão ficar as fotos e as lembranças, e pode ter certeza de que ele está em um lugar muito bacana”, lamentou o craque.

O fixo Ricardinho também deve boa parte de sua carreira ao amigo:
“Eu tive o prazer em conviver com ele por uns sete anos, e o Azeitona é um para mim um pai, um irmão mais velho, um amigo da família. Um cara que eu não tenho nem palavras para expressar o que ele representava na minha vida e não media esforços para ajudar. Então é este legado que ele deixou pra mim e vou tentar seguir isso para o resto da minha vida.

Enfim, eu ficaria a tarde inteira só falando os bons adjetivos sobre o Azeitona, mas agora a gente reza e pede a Deus que conforte a todos nós do futsal. Ele fez muito por muita gente que está aqui. Gente que cresceu com ele e que hoje chora”, desabafou.

Para Tiago “Português”, do Jacareí Futsal, ainda não “caiu a ficha” sobre o acontecido: “É uma tristeza muito grande, algo que não dá para explicar e acreditar. Ele foi uma pessoa que dedicou sua vida ao futsal. Pessoas de agora e de 20 anos atrás tiveram alguma passagem com o Azeitona. Difícil de aceitar e até para falar por conta da grandeza desta perda”, disse.

Fabinho, treinador das categorias de base do SC Corinthians: “Perdemos um diretor, um supervisor e um amigo que fazia tudo por todo o mundo. Só ele para reunir todas as gerações do futsal. Quase todos aqui passaram pelas mãos dele, não só como supervisor, mas como amigo mesmo, como referência. Enfim, bondade igual a dele vai ser muito difícil”, lamentou.

Tuca, treinador do Marília AC e amigo pessoal: “Tudo que aconteceu na minha vida profissional, eu devo ao Azeitona. Foi o primeiro que me deu oportunidade e descobriu , antes de mim, que eu seria treinador. Fora isso, a gente se conhece há muito tempo. Fica a dor e a saudade, mas também os momentos mágicos. Graças a Deus , tivemos o privilegio em conquistar muitas coisas e comemorar muitas coisas também”.

Bigão, fixo da AABB/Mapfre e campeão paulista 2006, ao lado de Azeitona: “Ficam boas lembranças de uma pessoa que me ajudou muito no início da carreira. Tivemos muitas alegrias. Infelizmente quem perde é o esporte. Algo irreparável”.

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