Lenísio, um dos melhores pivôs de todos os tempos, também fez história na Malwee

Especial: Campeão do mundo pela seleção brasileira em 2008 e um dos maiores pivôs da história do futsal, Lenísio também deixou sua marca de craque na Malwee/Jaraguá (SC). Dono de uma técnica apurada e um verdadeiro faro de gols, Lenísio chegou à equipe catarinense em 2007, e ficando por lá até 2010, quando houve o encerramento do projeto.

Irmão do ala Vinícius (seu grande ídolo), Lenísio deu os primeiros dribles aos sete anos na escolinha de Futsal no TCPP (Tênis Clube de Presidente Prudente, interior de São Paulo), mas o futuro craque da seleção passou a viver profissionalmente aos 15 anos, quando defendeu as cores do Corinthians, de Araçatuba, também em São Paulo

Além da Malwee/Jaraguá, Lenísio passou por clubes como: AD Wimpro/Guarulhos (1994 a 1996), GM (1997), Atlético Mineiro (1998 a 2000), Ulbra (2001 a julho de 2002), El Pozo Murcia/Espanha (agosto de 2002 a julho de 2005), Polaris World Cartagena-Espanha (agosto de 2005 a julho de 2007), Poker/PEC (2011).

Anos depois, Lenísio ‘pendurou as chuteiras’ para atuar como auxiliar técnico de Milton Ziller, no Corinthians, onde foi campeão da Liga Paulista de Futsal em 2013.

Vindo da Espanha – ao lado do experiente Ari – Lenísio ajudou sua equipe no bi da Liga Futsal 2007, vencendo o rival Joinville por 11 x 4 (no placar agregado), No ano seguinte, o tri veio após bater a Ulbra/Suzano e em 2010, o tetra foi em cima da Copagril, de Marechal Rondon (PR). Na sequência, vieram outras dezenas de títulos.

Minha passagem por Jaraguá foi muito especial, cheguei em julho de 2007, após cinco anos na Espanha e encontrei uma equipe já campeã, com títulos e muitos jogadores de seleção brasileira, e um dos meus objetivos era esse, e por isso retornei, também por ser um equipe competitiva, com grandes jogadores e uma das melhores estruturas do país naquele momento).

Tenho um carinho muito grande por Jaraguá e pela Malwee. Fui muito bem recebido por todos, não só pela equipe, mas pelos torcedores, pelas pessoas que faziam parte da cidade e do projeto. Foi uma experiência maravilhosa. Foram três anos e meio em que conquistamos vários títulos, conseguimos permanecer no topo do futsal brasileiro, o que é muito difícil.

Conquistamos todos os títulos possíveis (menos o Mundial de clubes, chegamos à final com o Interviu/Espanha  e infelizmente perdemos). O único título que faltou para aquele grupo  e tenho certeza que é considerada umas das grandes equipes em todo o planeta. Tivemos muitos times que marcaram, mas a Malwee, com certeza foi uma delas e fico feliz em ter feito parte dessa história”, relembra

O imenso número de conquistas, certamente está alinhado às lesões – principais vilãs ao longo de sua vitoriosa trajetória na Malwee/Jaraguá. Mas hoje, o futsal jaraguaense está representado pela AD Jaraguá, e Lenísio também comemora este retorno às atividades profissionais:

Além das conquistas, tive muitos problemas com lesões, mas em contrapartida sempre fui muito bem tratado e recebido. Me deixaram à vontade, e isso acaba motivando a devolver esse carinho. Fico feliz da equipe ter retornando e torço para que voltem a conquistar títulos. As pessoas que estão lá merecem e torcemos pelo sucesso deles. Não só Jaraguá do Sul, mas como outro outras equipes também. No entanto, a Malwee/Jaraguá é com certeza, a equipe mais especial, que respira futsal e a gente torce pra que eles consigam sucesso e retornem ao caminho das vitórias”, encerrou.

Goleador:

Em 1997, a segunda edição da Liga Futsal abriu portas para uma geração de goleadores natos, encabeçada pelo pivô Lenísio.  Neste ano, o até então atleta, da GM/Chevrolet, dividiu o posto com o também pivô Vander Carioca, um dos destaques do Atlético/Pax (MG), com 36 gols.

Aos poucos Lenísio foi se firmando como o principal artilheiro de todas edições. Hoje, o ex-pivô – ao lado de Falcão – contabiliza cinco anos no topo, sendo que em 2009, atuando pela Malwee/Jaraguá (SC), empatou com Falcão – também da Malwee – em 32 tentos. Porém, o ex-camisa 10 da seleção, balançou as redes em 174 oportunidades, enquanto F12 marcou 147 vezes.

 Foto: Lucio Sassi

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