Japão: Difícil para falar, mas fácil para viver e jogar

A segunda cidade japonesa onde o Futsal em Pauta fez ‘check-in’ é Fuchu (40 km da capital Tóquio). O município tem verdadeira paixão pela modalidade e faz questão de ter atletas brasileiros em seu elenco, um deles é Guilherme Mosna, conhecido como “Sorocaba ” e que atual na Terra do Sol Nascente há três temporadas.

Aos 25 anos, o jogador teve atuações importantes por vários clubes brasileiros como o São Paulo, São Caetano, UFMP/Osasco, Nacional, Pirelli/Santo André, Basf/Suvinil, Clube de Campo Sorocaba e Guadá Futsal, participando da Liga Paulista e Liga Nacional.

Sorocaba esteve no Fuchu Athletic Clube nas temporadas 2011/2012 e retornou em 2013/2014 (nesta segunda passagem, o atleta tem contrato até o próximo mês de março), porém, apenas no final da temporada será discutido uma possível renovação, ou não.

A seguir, o atleta fala com exclusividade ao quadro “Check-in Futsal”:

Futsal em Pauta: Quais são as principais diferenças no futsal brasileiro e japonês?
Sorocaba:O futsal no Japão é mais rápido e os jogadores correm mais. Já no Brasil acaba sendo mais cadenciado e exige mais força. Outros diferenciais são que antes dos jogos, cada time tem suas próprias dançarinas que fazem apresentações, a estrutura dos ginásios que são bem maiores, além do rigor com horários e brigas, que nunca acontecem. Eles são muito organizados”.

F.P.: Qual a tática dos japoneses para atrair mais torcedores?
Sorocaba: “Cerca de um mês antes de começarem os jogos, os próprios atletas vão para as ruas e em estabelecimentos comerciais e divulgam os jogos através de cartazes e abordando as pessoas também”.

F.P.: E o idioma?
Sorocaba: “Ainda não aprendi muito bem, entendo bastante coisas, mas falar fluentemente ainda é meio complicado. Estou aprendendo. E nos treinamentos temos a ajuda de um tradutor.”

F.P.:A cultura do país é muito diferente? É difícil conviver?
Sorocaba: “O que mais senti diferença foi a maneira deles se comportaram em todos os aspectos. Porém é fácil de se adaptar por ser um lugar ótimo para viver.”

F.P.:O que você faz nas horas vagas?
Sorocaba: “Aproveito para conhecer novos lugares do país, sair com os amigos e ver filmes em casa.”

F.P.:E como funciona a vida de “jogador-modelo”?
Sorocaba: “Fiz uma vez um anúncio para uma revista de futsal e uma agência gostou do meu perfil. Sempre que surge um novo convite, acabo fazendo novas campanhas. Mas são apenas trabalhos fora de quadra em períodos extras.”


Ainda no Fuchu, também atuam o brasileiro Rodrigo Camargo e Rafael Yamada, que foi naturalizado japonês.Além do preparador de goleiros e tradutor, Marcos que também foi naturalizado japonês.

Por Tamiris Dinamarco

Foto: Divulgação AFC Fuchu

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