Feminino: O futsal também projeta craques para os gramados

A relação entre futebol e futsal é diretamente ligada – seja no masculino e no feminino. A chamada ‘transição’ é bem comum no universo masculino. Craques que brilham nos gramados de todo o mundo, saíram das quadras, disputando competições oficiais ou apenas ‘peladas’.

No entanto, esta transição já faz parte do futsal/futebol feminino. Com o crescimento – significativo – da modalidade nos últimos anos, hoje é possível identificar as atletas e suas origens. No Campeonato Brasileiro Feminino, os principais nomes tiveram como base, o futsal e muitas das atletas fazem questão de citar o início de carreira dentro das quadras: Formiga, Gabi Zanotti, Sâmia, Camila Pini, Bebel, Vivi, dentre outras.

Bya (Foto), hoje no  NSÍ Betri Kvinnur, das Ilhas Faroé, já defendeu equipes como o São Paulo FC, CA Juventus (SP), Foz (PR), Ypiranga (BA), Cianorte (PR), Crespom (DF), América (MG), Grêmio (RS), Ceará SC (CE), dentre outras, mas antes dos gramados, passou pelo futsal e relembra como tudo começou:

Na verdade o futsal, pra mim é uma lição de vida; Eu comecei a jogar futsal muito nova, e até então, a Robertinha (que a treinadora da Ferroviária), jogava comigo na várzea e depois de algum tempo, através de muitos jogos na várzea, a Robertinha virou treinadora do futsal do Corinthians, e foi a partir daí que eu comecei dar início profissional no futsal.

Joguei futsal por sete anos, e quando eu comecei, o time era o São Caetano/Corinthians, depois passou ser São Caetano Futsal. Tive muitas experiências, joguei com várias meninas fera do futsal. E tudo aquilo foi muito importante pra mim. Mas teve um momento em que que o campo começou a se sobressair em cima do futsal. Mas foi no futsal do Corinthians onde eu comecei a receber meu primeiro salário.

Comecei com 15 anos e depois disso eu comecei eu passei a jogar campo, e a minha primeira vez aconteceu em 2015, quando eu joguei pelo São Paulo FC, e na época, o Arthur Tacioli conseguiu uma vaga pra, no time do Tchello e lá em comecei a dar início na minha carreira do campo, óbvio que cheguei a fazer alguns testes no campo, inclusive no Corinthians, quando a Cristiane jogava por lá.

Depois de tudo isso, decidi permanecer no campo. Primeiro, por que é carteira assinada. Então, isso já é uma vantagem sobre o futsal. E também, o campo como começou a ser mais valorizado, aí eu me mantive no campo e até até hoje, Deus me honrou.

E hoje, eu estou fora, fora fazendo que eu amo e o futsal foi a base de tudo. E como muita gente diz, que é mais fácil tu sair do futsal e ir pro futebol, ou seja, quando você vai do futsal para o campo é mais fácil, porque no futsal em ‘um-dois’ e no campo também, além de você ter mais leitura de jogo e no futsal também exige isso. Mas quem é do campo e vai para o futsal, é mais difícil. Porque? Porque no futsal, você tem que ‘pisar’ na bola tem muito mais tática do que no campo, tem muito mais jogadas, principalmente pela linha lateral. Mas enfim, hoje estou muito feliz, gosto muito de estar no campo, mas eu não deixo de agradecer o futsal, porque se não fosse o futsal, eu não estaria aqui“.

Fotos: Assessoria de imprensa dos clubes | Arquivo pessoal

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