Ásia e Europa marcando a vida e o futsal do catarinense João Batista

O Check-in Futsal segue viajando com toda emoção para trazer a você, torcedor, boas histórias do nosso futsal, o qual vai além do limites nacionais. Hoje o bate papo especial é com João Batista, atleta natural de Florianópolis (SC) e que já passou por clubes no Irã e Espanha.

No Brasil, o atleta atuou na AD Tubarão (SC), Anjo Química/Criciúma (SC), Malwee/Jaraguá (SC) e Blumenau (SC). Em 2008 ainda teve uma pequena passagem pelo futebol de campo do Grêmio, de Porto Alegre. Mas em 2011, João carimbou o passaporte direto para o Irã, onde passou uma temporada. E desde 2012 ele efetivou seu check-in na Espanha e de lá tão cedo não deve voltar.

Futsal em Pauta: Sua primeira passagem estrangeira foi no Irã, pelo Giti Pasand. Como foi?
João Batista:
“É um país que tem uma liga de futsal muito competitiva, com jogadores de muita qualidade. Mas é claro não se compara com o brasileiro que é o melhor do mundo.”


F.P.:
E como você fez para se adaptar?
J.B.:
“A adaptação a princípio foi um pouco difícil, com os costumes totalmente diferentes, comida bem regional e o idioma Persa muito difícil para se comunicar.”

 

F.P.: Onde você morava?
J.B.:
“Vivia na cidade de Esfahan que é uma cidade muito religiosa, um clima bastante seco e árido.”

F.P.: Quais foram suas conquistas no futsal do Irã?
J.B.:
“ A Liga do Irã e depois a Copa da Ásia, que reúne todos os campeões dos países asiáticos em um único torneio.”

F.P.: Algum momento te marcou muito nessa temporada?
J.B.:
“Na vida sempre se leva algo de positivo e negativo de cada ocasião, posso dizer que do Irã levei muito mais coisas boas que ruins. Um país humilde e bem acolhedor, um fato bem marcante foi que fomos campeões de lá e logo após de toda a Ásia.”

 

F.P.: Depois de um ano você foi para a Espanha, como foi?
J.B.:
“Após o término dos dois campeonatos me mudei para a Espanha, mais precisamente Palma de Maiorca. Uma cidade fantástica, onde vivo até hoje e é muito mais fácil de viver, pois é uma ilha, com muitas praias e o clima muito parecido com o brasileiro. Os costumes podem até ser diferente, porém utilizam as mesmas matérias primas em relação a comida e etc. Então assim estou muito mais à vontade.”

F.P.: Como é estar num país onde o futsal é uma modalidade com uma estrutura diferenciada?
J.B.:
“O país é uma referência mundial e dispensa comentários em relação a estrutura do time, estrutura do campeonato e o grande valor que eles mesmo fazem acontecer no país.”

 

F.P.: Na sua equipe tem outros brasileiros? Como é a equipe do Palma Futsal?
J.B.:
“Tem mais quatro brasileiros. Nossa equipe ainda é considerada mediana e chegar na temporada passada entre os quatro melhores times da Espanha foi um momento bem marcante para todos nós.”

 

F.P.: Como é o tratamento dos torcedores com vocês estrangeiros?
J.B.:
“O tratamento do torcedor na Espanha é muito diferente do Brasil e também no Irã, tratam como profissionais mesmo. Pedem autógrafos após os jogos, querem tirar muitas fotos e assim nos sentimos mais importantes.”

 

F.P.: Até quando vai o seu contrato?
J.B.:
“Acabei de renovar meu contrato por mais três temporadas com o Palma Futsal. Creio que minha vida como atleta está em uma crescente, espero poder ainda chegar cada vez mais longe nas competições e ainda sonho com títulos no clube.”

 

F.P.: Voltar a jogar no Brasil então está num sonho distante?
J.B.:
“A vontade até é grande de voltar ao Brasil, porém já estou muito adaptado com a Espanha e de momento vou ficar.”

 

Por Tamiris Dinamarco / Foto: Divulgação

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