Goleiros no Futsal: costumes, manias e superstições

Por Tamiris Dinamarco

Bons goleiros eternizam histórias no futsal. A sorte que cada um traz ao seu time pode ser atrelada a superstições ou apenas a hábitos corriqueiros.

No São José Futsal (SP), Denis está ao lado das traves há cerca de 14 anos e garante que não é fissurado em superstições, porém tem seu ritual e não gosta de esquecê-lo em cada partida. Um esparadrapo no braço, sempre começando pela mão direita, um crucifixo no punho direito, entrar em quadra também com o pé direito, passar a mão no chão e fazer o sinal da cruz seguido de algumas palavras.

E não é diferente com o goleiro Velloso, da equipe ADC Ford Taubaté (SP). Há 18 anos jogando futsal não abre mão de uma boa música para se concentrar e na hora de entrar em quadra também tem que ser com o pé direito. Antes dos jogos começa ajoelhado em cima da linha e pede proteção ao avô.

 Na ADC Intelli/Orlândia (SP) há mais de sete anos, o experiente goleiro Guitta tem um jeito especial para se arrumar antes dos jogos que já vem de anos e anos. A ordem de cada equipamento de proteção sempre foi a mesma e começando pela joelheira. Também entra em quadra com o pé direito e antes do árbitro iniciar a partida faz uma oração e coloca as mãos na trave.

 E a cada defesa, Guitta aponta os dedos para o alto e explica:“É apenas um agradecimento pela defesa. Jogadores de linha comemoram de uma forma especial quando fazem gols e eu como goleiro tenho a minha também.”

Com ou sem luvas?
Guitta começou jogar futsal com luvas, com o passar dos anos mudou para o estilo cortada e hoje já não joga com nenhuma luva. Motivo? O goleiro afirma que se adaptou melhor sem nada nas mãos e tem mais confiança para lançar a bola.

 Denis e Velloso também são adeptos a goleiros sem luvas e pelo mesmo motivo. Ambos começaram com luvas, usaram o modelo cortado e agora não usam nada, apenas esparadrapos. “Sem luvas sinto mais o contato com a bola e para arremessar é bem melhor”, contou Denis.