Vaidades e amadorismo estão acabando com o futsal

 
Não são apenas os atletas que sofrem as consequências de um projeto mal elaborado. Supervisores e diretores são penalizados na mesma forma, ou seja, dispensados durante as principais competições da temporada.
Claro, que não se deve cometer nenhum tipo de injustiça, ou generalizar toda a situação, até porque existem cidades onde o futsal é levado a sério, principalmente no sul do país. Mas o que se vê por ai, são municípios ‘brigando’ pelo ego entre seus comandantes.
Muitos destes usam a modalidade apenas como apoio em épocas de eleições, visando uma possível vitória nas urnas, e consequentemente um bom papel nos Jogos Regionais ou Jogos Abertos do Interior. Além disso, uma partida com transmissão ao vivo pela TV serve como ‘alicerce’ para a autopromoção, esquecendo-se que são os atletas as principais atrações do evento, e não candidato ‘A’ ou candidato ‘B’.
Recentemente, durante entrevista coletiva para a apresentação da nova equipe profissional de basquete, dirigentes da SE Palmeiras falaram sobre o futuro do futsal no clube, o qual dependia de um patrocinador para ‘sobreviver’. Após esta informação, alguns atletas se lançaram no mercado e já regularizaram suas situações;
Nesta semana, o supervisor do Suzano/São Paulo/Penalty, Ivan Spósito, foi liberado pela secretaria de esportes do município. O principal motivo era a redução na folha de salários, além da atual fase da equipe na categoria adulta.
Em outras cidades da grande São Paulo e interior, muitas equipes ‘balançam’ para não fechar as portas. Porém, o Araçariguama, após disputar pela primeira vez a Liga Paulista, encerrou suas atividades antes mesmo das finais da competição.
Por ética ou receio  em perder o pouco que ainda lhes restam, muitos atletas e treinadores preferem o silêncio para que seus empregos também não cheguem ao fim antes da hora, ou que futuramente, portas sejam fechadas. Mas ainda assim, em redes sociais, o desabafo e a indignação de boa parte destes profissionais são constantemente lidos, no entanto, ainda não o suficiente para sensibilizar seus respectivos ‘coronéis’.

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