Especial: Não basta ter um ou dois. Aqui são três irmãos apaixonados por futsal

Dois irmãos no futsal já rendem uma boa história… Imagina três?! É o que acontece na família Espindola. Com sete anos de idade os gêmeos Carlos e Pedro começaram no Clube Doze de Agosto. Por 15 anos estiveram juntos, até o ano passado no Floripa Futsal. Em 2015 seguiram rumos diferentes: Carlos, goleiro, acertou na equipe Intelli/Orlândia, enquanto Pedro, fixo, foi para o Kaos Futsal da Itália.

“Dentro de quadra a nossa relação sempre foi boa, jogamos muitos anos juntos, nos mesmo clubes e a confiança era recíproca. Na hora de executar movimentos e jogadas também tínhamos um entrosamento maior. Como fixo, eu sabia exatamente os lugares ou movimentos dos adversários que pudessem levar perigo, outros por vez, por conhecer o jeito de jogar do meu irmão, deixava passar batido pois sabia que ele iria cobrir ou defender”, contou Pedro.

Mas eu disse três irmãos né?! Pois é. Carlos e Pedro ainda tem um irmão mais novo, Victor, hoje com 20 anos precisou superar um problema de saúde ainda quando jogava futebol de campo. Recuperado, ele voltou ao futsal e é goleiro no Floripa Futsal. E acredite, os três garotos tiveram uma chance de entrarem juntos em quadra.

“Há alguns anos atrás nós três integramos uma equipe sub-20, montada com o colegial e sem nenhuma remuneração, para jogar os Jogos Regionais de Santa Catarina. Foi bem legal estar em família. Perdemos a final mas conseguimos a classificação para a fase estadual da competição”, disse Carlos.

espindola

O trio Espindola não está sozinho quando o futsal envolve três irmãos. Douglas, Diego e Betão também fazem história em família. Juntos em quadra foram apenas Douglas e Betão quando jogaram no Corinthians em 2014. Porém nas férias, em jogos amistosos, os irmãos conseguem se juntar e bater “uma bolinha”. Douglas, que é pivô como Betão também fez uma confissão.

“Acho que decidi por essa posição também de tanto ver ele jogar quando eu era pequeno. E essa passagem no Timãofoi muito importante pra mim pois conquistamos juntos o título da Taça Brasil e no time que era de coração”, disse Douglas.

Douglas, aos 23 anos, é o mais novo e é pivô na ADC Intelli/Orlândia. Diego, aos 27 anos, é o irmão do meio e hoje disputa torneios extras. Mas já teve passagens por clubes na Espanha e Portugal, no Brasil passou por Wimpro, Banespa, Santos André e Rio Preto.

“Nossa convivência sempre foi muito boa e o futsal nos uniu mais ainda. Mesmo cada um no seu time sempre nos respeitamos. A situação fica difícil quando Douglas (Intelli) e Betão (Brasil Kirin) jogam contra, ai fico dividido torcendo por um empate. Betão já ganhou muitos títulos, todos nós sempre fomos muito fãs dele… Agora é a vez do Douglas, já que é o mais novo, dar mais alegrias pra família também”, disse Diego.

A referência na família começou com Betão que fez história na Seleção Brasileira com títulos como o Mundial, Copa América, Grand Prix entre outros, e que atualmente aos 37 anos, é pivô na equipe Brasil Kirin/Sorocaba. “Ser essa referência para os irmãos mais novos é uma responsabilidade muito grande. Tento ser o exemplo dentro e fora da quadra. Sempre aconselho para que tenham paciência e sabedoria para tomar as decisões certas. E é muito gratificante quando vemos que os conselhos estão dando bons frutos”, salientou Betão.

Por Tamiris Dinamarco

Fotos: Divulgação

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