Especial: Gilberto Santos fala sua primeira década dentro do futsal

Gilberto Santos, jornalista e apaixonado por futsal, é um dos grandes profissionais da área. No último dia 16 (segunda-feira), o idealizador do site Futsal em Pauta, completa 10 anos como jornalista de futsal. E não podíamos deixar essa data passar em branco.

Em entrevista exclusiva aos repórteres Haroldo Rodrigues e Gabriela Netto, do Futsal em Pauta, ele contou um pouco sobre essa primeira década, além de algumas curiosidades.

 

Gabriela Netto: Quando começou seu interesse pelo futsal? Porque?

Gilberto Santos: Na verdade, eu sempre acompanhei futsal.  No bairro onde vivo até hoje tem uma quadra onde ia muito. E pela TV, assistia o pessoal mais ‘das antigas’. Mas nunca pensei em trabalhar com futsal. Foi meio por acaso.

GN: – Qual era seu objetivo ao entrar na área?

GS: Desde pequeno sonhava em ser jornalista. Enquanto a molecada queria ser jogador ou Policial, eu queria trabalhar em rádio. Minha meta sempre foi o Rádio, mas a vida dá outras diretrizes para a gente.

GN: Quais eram suas expectativas trabalhando com o futsal?

GS: Era, principalmente, firmar meu nome. Ser um jornalista de futsal, e não um jornalista que trabalha como esportes. Acho que deu certo.

GN: Qual foi a sua primeira oportunidade na área? Quem te deu essa chance?

GS: Na época, eu era coordenador de Marketing de uma escola de idiomas e não estava satisfeito. Queria mudar radicalmente, até que meu amigo Fabio Rodrigues (ex-repórter do site da FPFS e hoje na EPTV/São Carlos), me ligou falando que o Departamento de Internet da Federação, coordenado por Marcos Diniz, queria lançar um projeto para narração de jogos pela internet. Tudo simples,  sem estrutura. Topei na hora.

GN: Como chegou até a LPF e LNF?

GS: As coisas não andavam boas no Depto de internet da FPFS. Com a saída do Marcos Diniz, eu fiquei um tempo a mais, e conversando com o Láercio Graça (com quem trabalhei no Corinthians em 2009). E logo de cara, entramos em um acordo. Na LNF, mesmo por pouco tempo, atingi uma meta. Foi bacana ficar por lá durante quatro meses. Agradeço ao Palhinha e ao próprio Láercio por indicarem meu nome em várias reuniões.

GN: Como surgiu a ideia do Futsal em Pauta? Quais são os planos daqui pra frente

GS: Em 2009, eu criei um blog para falar apenas do futsal e futebol feminino do Corinthians, e como me desliguei um ano depois, decidi manter blog, mas com o nome de Futsal em Pauta. Já em 2012, senti a necessidade de transformá-lo em um site. ‘Criei’ coragem apenas em 2014 e hoje sinto-me honrado em ser criador de uma das páginas mais acessadas do Brasil.

Haroldo Rodrigues: É verdade que para trabalhar com Futsal, o primeiro critério é gostar?

GS: Comparo com o rádio.  Trabalhei 13 anos em diversas emissoras, e o rádio é mais uma questão de amor do que grana. O dinheiro vem, na hora certa, e como consequência do trabalho.

GN: Atuar no futsal é como você imaginava há 10 anos?

GS: Não. Principalmente em sua organização. Vejo coisas erradas desde o começo, mas como tenho um vínculo muito forte, prefiro não manifestar. Além disso, a falta de estrutura no nosso esporte (em relação a outros), também incomoda. Enfim, tudo é superável.

Haroldo Rodrigues: Qual foi a maior dificuldade ou saia justa que já passou no futsal?

GS: No começo, não sabia nada. Quem era quem, regras, nomes dos jogadores. Mas aos poucos, as coisas foram se ajustando.  Por outro lado, sofria por representar a FPFS, principalmente nos eventos da CBFS, já que os Presidentes da época não se ‘bicavam’ (justamente por conta da campanha), e tudo sobrava pra mim.

GN: Qual foi o momento mais marcante até hoje?

GS: Quando cobri os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007 (por ser meu primeiro grande evento internacional) e cobrir a Copa do Mundo de Futsal em 2008. Ver o Maracanãzinho respirando futsal, se tornou algo inesquecível

Haroldo Rodrigues: Cite algum fato engraçado na carreira no futsal.

GS: Nossa, tenho vários.  Em 2008, fiquei na Alfândega do Aeroporto de Montevidéo, no Uruguai, com mais de 200 camisas da campanha em prol do futsal se tornar olímpico. Na ocasião, iria difundir a campanha nas Eliminatórias, porém, a Polícia local não acreditou e me interrogou por três horas. Conclusão: Perdi o taxi que ia me levar para o hotel, fiquei sem as camisas e sem saber onde me hospedaria.

No fim deu tudo certo. Um deputado local, amigo meu até hoje, recuperou as camisas e me orientou sobre minha hospedagem.

GN: Você alcançou seus objetivos?

GS: Ainda não. Quero levar o nome Futsal em Pauta onde não se pratica ou se fala em futsal e também quero uma estrutura melhor para minha equipe. Hoje, sem ela, muita coisa não seria possível.

GN: E quais são seus planos para o futuro?

GS: Me manter no mercado e voltar ao rádio.

Por Gabriela Netto. Colaboração: Haroldo Rodrigues

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