ESPECIAL: Craque nas quadras, Bruna Leão agora pensa nos estudos
Série Especial: Vinda de Barueri (Grande São Paulo), Bruna Leão, 27 anos, carrega o gosto pelo futebol desde menina. Ainda criança, tinha como principal diversão, assistir seu pai em campos da várzea. Mas, assim como outras garotas, Bruna jogava bola na rua com o irmão. Logo percebeu o dom que tinha e aos 12 anos procurou uma escolinha para treinar.
No início todos ficaram receosos – digamos que foi uma certa precaução da família com relação ao sonho da menina, afinal, não era do perfil de uma garotinha querer ser jogadora de futebol – porém Bruna seguiu persistente e aos poucos seus familiares lhe deram o apoio necessário. Anos mais tarde, atuando como fixa e ala, a atleta passou por equipes como Osasco, São Caetano e também Sabesp, que na época tinha parceria com o Corinthians.
Bruna destacava-se entre as jogadoras. Essa “alegria nas pernas” – como diria o técnico Felipão – foi reconhecida por equipes do interior que a convidavam para disputar alguns torneios. São os famosos “extras” que é bastante comum no futsal, tanto no masculino como feminino.
Quando perguntada sobre qual jogo ou título mais importante de sua carreira, Bruna Leão, para, pensa e comenta: – Olha! Já ganhei bastantes títulos! Bem ousada. Mas ela pode. Afinal, foram títulos de perder as contas. Mas sempre tem aquele que a pessoa nunca esquece e com a Bruna não poderia ser diferente.
“Um dos jogos mais importantes para mim foi a final de 2008 entre Sabesp/Corinthians e Osasco pelo Campeonato Paulista. Ganhamos do Osasco por 2×1 e eu fiz o gol do título de cabeça faltando apenas 2 minutos para final do jogo”, comentou.
O mais curioso desse lance, foi que Bruna nem chegou a ver o gol. No momento em que cabeceou a bola sofreu falta.
Sobre a carreira como atleta, há um ano Bruna Leão resolveu pendurar as chuteiras. Mesmo jogando bem, a atleta achou que era hora de parar e pensar em outro futuro. “Acho que minha época já passou. Chegou a hora de arrumar um emprego e me formar na faculdade”, diz.
Ao ser questionada se teria como parar os estudos e seguir com a bola, Bruna responde que sim, mas ficava difícil quando chegavam às épocas de provas e começavam os jogos e viagens.
A menina que jogava bola virou uma mulher que pensa num futuro diferente: conseguir um trabalho que dê segurança e estabilidade. E isso é algo que o esporte infelizmente não proporciona. Bruna resolveu focar nos estudos e em outra carreira profissional; vai fazer faculdade educação física.
Uma pena para o esporte, que deixa de apreciar o belo futebol de uma menina que brilhou enquanto atleta. Para nós, amantes do futsal, só nos resta recordar. Aqui vão alguns dos momentos de Bruna Leão:
Por Amanda Souza
