De ‘peixe cru a tremores’, brasileiro se vira como pode no Japão

Com um projeto inovador, o Check-in  – novo quadro do Futsal em Pauta – vem para mostrar não só como é o futsal em outros países, mas sim o que os atletas brasileiros precisam para se adequar fora das quadras. E o primeiro entrevistado dessa série especial de reportagens, está jogando do “outro lado do mundo”, no Japão.

Ele tem 24 anos e teve a oportunidade de atuar em grandes clubes brasileiros como o Santos, Malwee/Jaraguá, Wimpro e Corinthians. Além disso, participou de jogos pela seleção brasileira sub-20 em que foi campeão e artilheiro do Sul-americano de 2010.

Na Espanha, por duas temporadas jogou pelo Triman Navarra e desde 2013 está no Nagoya Oceans, do Japão, onde tem contrato até o início de 2016. Hoje você vai conhecer um pouco mais sobre essa cidade em que joga o atleta Geverson Chaves, mais conhecido por “Ximbinha”.

Nagoya é a maior cidade da região de Chubu, no Japão. É o quarto centro urbano mais populoso do país e está situada entre Tóquio e Quioto.Também é um dos principais centros de pesquisa e desenvolvimento de indústrias automobilísticas do Japão. No futsal, os japoneses já pegaram o gosto pelo jeitinho dos atletas brasileiros, que além de Ximbinha, contam no elenco com o técnico Victor Acosta, Rafael Sakai e Serginho Paulista.

Futsal em Pauta: Quais foram as diferenças que você sentiu entre o futsal brasileiro, espanhol e japonês?
Ximbinha: Embora o futsal espanhol seja muito disputado, e um dos melhores do mundo, acredito que o futsal brasileiro se destaca muito, principalmente pela capacidade individual dos atletas de ponta que temos no país. No Japão, a prioridade é a velocidade no toque de bola, além de defender bem.”

F.P.: O que mais sentiu de diferente na gastronomia japonesa?
X.:Particularmente não gosto muito de comida crua. No Japão procuro sempre por restaurantes e supermercados com produtos brasileiros.”

F.P.: Nas horas vagas, o que você gosta de fazer?
X.: “Gosto de passear e conhecer novos lugares.”

F.P.: E o idioma local? Deu para aprender?
X.: “Aprendi algumas coisas básicas (bom dia, boa tarde, boa noite, por favor, etc.). Sempre quando tenho dificuldades com o idioma, peço ajuda aos colegas de equipe brasileiros.”

F.P.:Tem a intenção de voltar jogar no Brasil?
X.:“Sim, tenho a intenção de voltar a jogar no Brasil. Saí daqui muito cedo, então tenho vontade de disputar mais vezes os campeonatos nacionais.”

F.P.: Já aconteceu algo com você no Japão, fora das quadras, que marcou?
X.: “Um dia estava sozinho em casa assistindo televisão, quando senti a casa inteira tremer. Fiquei em pânico na hora, pois não sabia o que fazer. Após os tremores, peguei o celular e havia recebido várias mensagens me perguntando como eu estava. Era a primeira vez que eu passava pela situação de terremoto no Japão. Foi muito marcante.”

Ximbinha atualmente está no Brasil, na cidade de Jaraguá do Sul, tratando uma lesão no joelho e retornará ao Japão em abril, mas apenas em junho estará em atividades.

Por Tamiris Dinamarco

Foto: Divulgação

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