Como vive um brasileiro na equipe sustentada por uma milionária multinacional

O segundo “Check-in Futsal” pela Rússia desembarca em Yugorski, cidade onde o principal representante é o Gazprom-Ugra – já muito conhecida entre vários brasileiros. A equipe é patrocinada pela multinacional Gazprom, com sede na capital Moscou. A maior empresa de energia russa e a maior exportadora de gás natural do mundo. Possui mais de 330.000 funcionários, o que lhe confere o título de maior empregador da Rússia.

O entrevistado é o brasileiro Marcênio, que aos 27 anos já teve passagens por clubes como o ABC, Santa Fé, Carlos Barbosa – conquistando Liga Nacional, Taça Brasil, Libertadores, três campeonatos gaúchos e um mundial de clubes – Além de integrar a seleção brasileira com um título em sul-americano e um título no Grande Prix.

Pela primeira vez num time estrangeiro, Marcênio e sua esposa moram em Moscou há dois anos e meio. O atleta contou ao Futsal em Pauta que tem vontade de voltar a jogar no Brasil novamente, mas sabe que tudo tem seu tempo e quer deixar as coisas acontecerem no momento certo. E assim aproveitamos para conhecer um pouco mais da vida dele.

IMG_9395Futsal em Pauta: Como é morar na segunda cidade mais populosa da Europa?
Marcênio:
“Moscou é muito grande mesmo, mas é bem tranquila para morar. Sempre tem alguma mais coisa pra fazer. Eu, particularmente gosto muito do Brasil, mas infelizmente está muito atrás em várias coisas.”

F.P.: Como foi a adaptação para esse país?
M.:
“Senti muita diferença no idioma e no frio, as pessoas daqui também são mais reservadas. No início foi difícil me adaptar, mas hoje em dia já está bem melhor.”

 

F.P.:E a culinária russa?
M.:
“Tem muita coisa que temos no Brasil, isso ajudou demais. Não tive problemas nessa parte.”

F.P.: Nas horas vagas, o que você procura fazer?

M.:“Gosto de passear, vou muito a shopping, restaurantes, bares, casas de amigos e nas folgas gosto de viajar pelas cidades próximas aqui da Europa.”

F.P.: Você também teve dificuldades com o idioma local?

M.:“Esse e o pior problema aqui pra mim pois falo muito pouco, mas tenho sempre ajuda de amigos aqui que falam bem e do tradutor do time, que nos auxilia em quadra e nos jogos.”

F.P.: Já passou algum “sufoco” por aí?

M.: Logo quando cheguei aqui na Rússia fui ao posto de gasolina abastecer, lá passei o maior sufoco para negociar com o frentista que enchesse o tanque, sem saber falar nada e na pura mímica. Demorei um tempão pra abastecer e até hoje os amigos brasileiros e os russos me enchem o saco por causa dessa história.”

 *Com contrato até junho Marcênio acaba de acertar sua renovação por mais dois anos.

Por Tamiris Dinamarco

Fotos: Gazprom-Ugra e Gilberto Santos

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