Auxiliar-técnico da seleção brasileira, Paulinho Cardoso fala sobre sua estreia no Mundial

A seleção brasileira de futsal provou que a força não está apenas dentro das quatro linhas, mas fora delas, também. Com nomes de peso no comando técnico, o Brasil segue focado em mais um título da Copa do Mundo de Futsal FIFA e na busca pela hegemonia na modalidade. Vale lembrar que a última conquista em um Mundial aconteceu há quase 10 anos, quando a competição foi disputada na Tailândia. Em 2016, na Colômbia, o Brasil não teve tanto sucesso e parou no meio do caminho.

Desta vez, o técnico Marquinhos Xavier fez escolhas pontuais em diversos setores. Dentre os nomes convocados, está o de Paulinho Cardoso, experiente treinador de futsal, com passagens por Ulbra, Umuarama, JEC, Copagril, Minas TC, Pato Futsal e que neste processo, irá como auxiliar-técnico. A seguir, Paulinho Cardoso fala sobre sua convocação e seu primeiro Mundial FIFA:

O que eu posso dizer: é sonho de todo atleta, de todo treinador chegar na seleção brasileira. Estou aqui a convite, primeiramente do Marquinhos Xavier, por motivos, até um pouquinho, que causam um pouco de emoção, já que estou aqui por que o Ferretti não pôde ir por motivos de saúde. Vim para determinada função, que é implantar o sistema de goleiro-linha e as jogadas de bola parada. Também estou influenciando o sistema defensivo.


Então o trabalho é gigantesco. A gente tem muitas edições, muitos estudos de vídeos, muitas análises dos adversários, inclusive destes amistosos (contra a Polônia e Servia). A estreia para mim, pode ser pela experiencia, mas assim, acho que todos têm ansiedade, né? E a partir do momento que você não tem essa ansiedade, você não tem mais por que estar aqui. Para mim, é uma satisfação muito grande, uma honra muito grande estar com uma comissão tão competente, estar estreando com a CBF que é o sonho de todo nosso futsal desde muito tempo, e com esses atletas que se entregam do jeito que estão se entregando“, disse.

A seleção teve seu primeiro grande teste amistoso nesta quinta-feira (2), contra a Polônia, na casa do adversário, onde venceu por 4 x 1. Paulinho também falou a respeito deste compromisso:

Era natural que todo o contexto influenciou a ansiedade no primeiro jogo. Um ginásio que não somos acostumados a jogar no Brasil, com uma iluminação diferente, com todo um contexto diferente de protocolo e um adversário que não somos acostumados a jogar, com estilo de jogo diferente. Penso que teve um ou dois momentos que nós saímos do jogo por termos perdido a primeira linha de defesa. Mas no geral, acredito que a gente conseguiu se portar muito bem, levando em conta que nós somos do Brasil, entramos sempre para vencer, e nos impor. Impor o ritmo de jogo. Nós somos uma equipe jovem ainda, poucos têm experiencia de Mundial, então para uma estreia com um amistoso, com um ginásio muito bem equipado, próximo ao que vamos encontrar no mundial, eu gostei muito. Gostei muito da forma como a equipe se portou. Gostei porque pudemos utilizar todos os atletas praticamente, menos o Djony. Mas todos os outros jogadores puderam desenvolver, desempenhar e sentir esse clima do que é uma estreia, então para mim foi muito produtivo“, encerrou.

Por Gilberto Santos | Colaboração: Amanda Souza | Foto: Arquivo Pessoal

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