Aos 22 anos, ex-Timão segue carreira em equipe de futsal do Irã

O Check-in Futsal chega hoje para contar a história de mais um jovem atleta brasileiro, o qual vem ganhando o mundo através do futsal. Por três anos Dieguinho ficou na equipe sub-20 do GR Barueri, de lá seguiu para a capital paulista onde defendeu, pela mesma categoria, o Corinthians e em 2014 teve a oportunidade de integrar a equipe principal do Timão.

Aos 22 anos Diego recebeu seu primeiro convite para jogar fora do país e não pensou duas vezes. “A proposta surgiu em um dia e eu já viajei no outro. Graças a ajuda de meus familiares que me apoiaram, decidir ir sem pensar muito, sempre fui de arriscar as coisas e graças a Deus sempre deu certo”, contou.

A proposta veio do Irã, na cidade de Tabriz pela equipe Mes Sungun e hoje o atleta é o nosso convidado especial para contar um pouco sobre essa mudança de time e de vida.

Futsal em Pauta: Como foi o impacto e a mudança de país?
Diego Silva:
“Foi bem forte. O Irã é totalmente diferente do Brasil, eles prezam muito a religião e a cultura é muito rigorosa.”

F.P.: E como são os costumes?
D.S.:
“O estilo de vida deles e as roupas são bem diferente. O que mais pesa é o jeito com se vestem, principalmente as mulheres. Elas são muito fiscalizadas e proibidas de muitas coisas. Até mesmo na forma de cumprimentar.”

F.P.: E com isso você já se envolveu em alguma situação embaraçosa?
D.S.: “Aconteceu quando eu desci para jantar no hotel e sempre usava bermuda, ai estava tendo um congresso das mulheres mais religiosas. Quando estava jantando o funcionário do hotel falou que tinha que tirar a bermuda e colocar uma calça, que era falta de respeito por as mulheres religiosas estarem lá.”

F.P.: Sua alimentação mudou?
D.S.:
“Bem pouco. O que muda mais é o tempero que eles usam, mas é uma adaptação bem fácil e rápida.”

F.P.: E o idioma?
D.S.:
“Aqui o primeiro idioma é o persa e o segundo o inglês. No começo tinha um tradutor que ajudava bastante. Nos comunicamos muito por gestos e as vezes arrisco umas palavrinhas em inglês. Também estou iniciando cursos para ajudar.”

F.P.: Você já percebeu alguma diferença do futsal brasileiro para o do Irã?
D.S.:
“A principal diferença é que aqui o esporte envolve muito mais físico.”

F.P.: Recentemente você voltou ao Brasil, mas já retornou ao Irã. O que mudou nesse tempo?
D.S.:
“Aproveitei para rever os amigos e familiares. Fiz um novo curso de inglês e agora ficarei mais uma temporada pelo Irã. Mesmo sendo um país tão diferente do Brasil e achando que seria difícil me acostumar está tudo dando certo, o povo do Irã é muito receptivo.”

Por Tamiris Dinamarco / Foto: Divulgação

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