Check-in Futsal: Na Europa, um outro Xuxa também ganha destaque

Essa história começa no interior paulista, numa pequena cidade a 600 km de São Paulo chamada Mirandópolis, onde Márcio Zanchetta Junior ganhou um apelido por alguns detalhes como o cabelo loiro e liso, porém volumoso. Assim como o ala do Brasil Kirin (dono do mesmo apelido), também virou o Xuxa e sempre foi o  orgulho da família Zanchetta.

Aos 12 anos, Xuxa já começava demonstrar o interesse pelo esporte em um campeonato promovido pela escola onde estudada. Durante muitos anos jogou pelo time da cidade e conquistou prêmios de artilheiro, além do time de Mirandópolis, Xuxa passou pela Associação Botucatense, Corinthians/Araçatuba e, Santá Fé/Funec. No ano de 2006 Xuxa arrumou as malas e seguiu para a Itália. Sua primeira equipe foi Augusta. Depois atuou pelo Pro Scicli, Modugno, Real Rieti e Acqua & Sapone. E desde a temporada 2014 voltou para o Real Rieti.

O atleta não pretendia sair dor Brasil tão cedo, mas a oportunidade de um bom contrato financeiro, conhecer um novo país e mudar de vida era algo que poderia não bater à sua porta mais vezes. Ao lado da mulher Alessandra, começaram um novo processo de adaptação em outro país. O idioma, o clima, a alimentação, tudo precisou ser readequado. Hoje com contrato até 2017 no Real Rieti Cálcio A5, da cidade de Rieti, 60 km de Roma, Xuxa é o entrevista especial do Check-in Futsal em Pauta.

Futsal em Pauta: O que você mais sentiu de diferente quando chegou na Itália?

Xuxa Zanchetta: “A forma de se comunicar. Eles gesticulam muito e falam mais alto. A cultura deles em relação a família também, casam mais tarde e em cada parte da Itália o dialeto é diferente.”


F.P.:
Teve algum costume local que você não conhecia ainda?

X.Z.: “A maior parte dos italianos saem para tomar café fora de casa e é quase sempre um cappuccino e um corneto.”

F.P.: E em relação a comida?

X.Z.: “Eles comem muita massa. Mas isso foi fácil acostumar. Os mercados tem tudo que tem no Brasil, então não tivemos problemas.”

F.P.: E como foi com o idioma?

X.Z.: “No começo eu ficava sempre na frente da televisão, vendo jornal, filmes… para poder escutar melhor e ir gravando as palavras. Mas frequentei uma escola para estrangeiros também e isso me ajudou muito.”

Xuxa se adaptou bem ao futsal italiano após a sua segunda temporad. Já conhecia bem o estilo de jogo dos italianos, o idioma já não era um empecilho e conhecia novos amigos. E foi então que um novo estilo de vida começava a crescer.

F.P.: Nesse tempo na Itália, quais títulos já conquistou?

X.Z.: “Fui campeão da série A2 com o Scicli, Campeão da Série A2 com o Rieti e campeão da Copa Itália com o Acqua & Sapone.”

F.P.: Nas horas vagas o que não pode faltar por aí?

X.Z.: “Sair para dar uma volta e conhecer novos lugares, jogar vídeo game com os amigos e fazer aquele churrasco brasileiro.”

 

F.P.: E no futsal, como foi a diferença em quadra?

X.Z.: “No futsal italiano tem mais contato, força e pouca tática. O Brasil já é bem mais tática e organização.”

F.P.: E fica a vontade de voltar atuar por uma equipe brasileira?

X.Z.: “Tenho sim. Quero disputar uma Liga Nacional, é a melhor liga de futsal do Mundo e um dos mais vistos. Ainda estou pensando nesse assunto quando meu último contrato terminar.”

Por Tamiris Dinamarco / Foto: Maximo Rinaldi

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