Especial: Nas Ilhas Salomão, pátio de Igreja vira quadra de futsal

Especial Copa do Mundo: Nas Ilhas Salomão, um pequeno país da Oceania, há uma forte ligação entre o futsal e a Igreja. Foi um pastor da Austrália, no ano 2000, o responsável por levar o esporte e apresentá-lo aos jovens atletas. Os garotos que frequentavam a igreja passaram a conhecer regras, novas formas de jogo.

Um trabalho, mesmo que tímido e com poucos recursos, começou a ser feito. Mas algo que não pode ser esquecido é que a superação faz parte do esporte das Ilhas Salomão.

Em 2008, ano de Copa do Mundo de Futsal, disputada no Brasil, as Ilhas Salomão participaram das eliminatórias para a competição. A seleção era muito jovem, e o desafio era grande. Será que garotos de 15 anos conseguiriam participar de uma competição importante? Será que suportariam a pressão? Conseguiriam uma vaga para o Mundial? Sim, eles conseguiram.

ilhas_salomao_futsal_6A seleção sem apoio, de um país sem tradição no esporte, com pouco investimento e formada por jovens estava entre as maiores equipes do planeta. Sofreram goleadas, mas sabiam que tinham dado um passo importante.

“Para eles, foi um salto, porque sair daquela realidade para o Mundial é uma coisa incrível. Eles levaram 21 gols do Brasil, 32 da Rússia, perderam todas as quatro partidas que disputaram, mas foi a partir dali que eles começaram a entender o que é o futsal”, lembra Juliano Schmeling, técnico da equipe.

Preparação no Minas

A Copa do Mundo de Futsal se aproxima, e o Minas Tênis Clube (MG) foi o local escolhido pelas Ilhas Salomão para os últimos treinos antes do Mundial. A estrutura do clube deixou os atletas felizes e impressionados. Mesmo sabendo da dificuldade, o desejo é poder jogar bem no Mundial.

“Eu estou muito feliz de ter trazido eles para o Minas, para essa estrutura. Eles estão achando a estrutura muito boa, é outro nível para eles, outro mundo, outra realidade. Hoje, com eles podendo acompanhar a rotina da equipe profissional, está sendo fantástico, está sendo muito bom para eles.

Para o Mundial, a gente sabe das nossas dificuldades, mas vamos tentar mostrar que somos mais competitivos. No último Mundial, tivemos uma vitória muito importante para a nação, que foi o jogo contra a Guatemala. Estamos em uma fase de transição, de crescimento, mas sabemos que vamos enfrentar dificuldades diante da Costa Rica, Argentina e Cazaquistão. Vão ser três pedreiras, mas a gente quer jogar bem”, concluiu Juliano.

Com informações: Gabriel Medeiros/Minas TC

Foto: Divulgação/Ilhas Salomão

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