Entrevista: Cristian Vaghetti – goleiro da ALAF

Em entrevista ao Futsal em Pauta – Sucursal RS –   o goleiro da ALAF, de Lageado, Cristian Vaghetti , revela momentos importantes de sua carreira e também sonha em chegar à Seleção Brasileira.  Gaúcho de Alegrete, Cristian Vaghetti nasceu em 24 de março de 1983, e desde criança frequentava escolinhas de futsal ao lado do pai:

No início jogava na linha, mas daí acabei gostando de levar ‘bico’. Em 1991, estava jogando uma pelada e me convidaram pra fazer um teste no time local que disputava a Série Prata (Fóton de Santa Maria )”, relembra.

Confira a entrevista na íntegra:

Alessandro Rosa: Como foi sua  infância e como encontrou o futsal em sua vida?
Cristian Vaghetti: “Desde criança meu pai me levava em peladas onde ele jogava e ia me incentivando. Também joguei em escolinhas de futsal desde os sete anos.  Antes jogava na linha, mas dai acabei gostando de levar bico. Jogava torneios e o estadual pelas escolas onde estudei. Sempre nas categorias de base”.

AR: Foi a carreira que te levou a deixar Alegrete?
CV: “Em um primeiro momento não. Não foi a carreira que me fez deixar minha cidade, mas eu sempre tive um sonho de jogar profissionalmente. Fui pra Santa Maria fazer curso pré-vestibular, daí estava jogando uma pelada e me convidaram pra fazer um teste no time local”.

AR: Qual clube que te revelou no futsal, aquele que você pode considerar que foi o início de tua carreira? Em que ano?
CV: “Foi o Fóton de Santa Maria, em 2001. O de Alegrete eu não conto porque não joguei profissionalmente, então foi o de Santa Maria. Eu tinha 19 anos na época”.

AR: Por quais clubes já passou?
CV: “Fóton 2001, AEU (Uruguaiana) 2002 e 2003. Três Coroas Futsal 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, Assaf Santa Cruz do Sul 2010, 2011, 2012. Assoeva Venâncio Aires 2013 , 2014 e ALAF 2015”.

AR: Defina o profissional e o cidadão Cristian Vaghetti?
CV: “Como pessoa, sou muito família, extrovertido, sempre onde passei deixei as portas abertas, isso é importante. E como atleta acredito que sou muito profissional, me cuido bastante extra-quadra com a minha imagem, postura. Características dentro de quadra são a agilidade, reflexo e jogo bastante como goleiro-linha onde meu passe é a principal característica”.

AR: Qual tua expectativa para esse ano em que a Alaf estréia na Liga Nacional de Futsal?
CV: “As melhores possíveis, montaram um time competitivo, muito rápido, onde queremos buscar nosso espaço a nível nacional. Acredito que nós da ALAF teremos um ano promissor pela frente”.

AR: Dá pra sonhar  com  título pelo ‘Gauchão’ – Série Ouro?
CV: “Sem sombra de dúvidas, com certeza iremos brigar por isso. O principal objetivo é chegar à final, mas já mostramos contra os outros três times de Liga aqui do RS que queremos ser campeões. Não perdemos pra nenhum deles ainda”.

AR: Tirando os quatro grandes clubes que disputam a Liga, na tua opinião qual clube poderá surpreender esse ano pela Série Ouro e por quê?
CV: “Em minha opinião a AGSL, de São Luis Gonzaga. Porque a base do time e o treinador já estão juntos há bastante tempo e isso pode fazer a diferença. O entrosamento e a quadra com dimensões reduzidas ajudam bastante”.

AR: Cite um fato inusitado, curioso, marcante que você jamais esquecerá em sua carreira.
Puxa vida (SIC) nesse mundo da bola tem vários. Uma vez estávamos indo pra um jogo fora de casa e paramos pra lanchar, quando saímos esqueceram um jogador. Andamos não sei quantos quilômetros e tivemos que voltar, chegamos atrasados no jogo. Nossa, foi uma zoação total. Têm muitas coisas que acontecem mas agora não to me lembrando. Isso aconteceu quando eu jogava em Uruguaiana”.

AR: Qual o teu maior sonho como atleta?
CV: “Acho que o sonho de qualquer atleta é a seleção brasileira, mas pra isso é preciso jogar uma liga em alto nível e se destacar. Acredito que uma coisa leva a outra”.

AR: Se tu pudesses mudar algo no Futsal atual o que tu mudarias?
CV: “Mudaria a forma de como o futsal é tratado,como amador, sem carteira assinada. Queria mudar isso, contrato, ferias, 13º salário, enfim, daria uma segurança pra nós que temos família”.

AR: A quem tu agradecerias por ter chegado até onde chegou na carreira?
CV: “Meus pais e minha esposa”.

AR: Para terminar, deixes uma mensagem para os patrocinadores, dirigentes e torcedores da ALAF.
CV: “Queria dizer pra eles que podem confiar, tanto em mim,quanto no nosso grupo.Porque vamos ser muito competitivos durante o ano, vamos vestir de verdade a camisa da ALAF e fazer história nesse clube. Fazer com que o clube seja visto no Brasil inteiro e comece a escrever a sua história nesse primeiro ano de Liga Nacional”.

Foto: Marcio Studzinsk

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